As Cefaleias Primárias devem ser de conhecimento de todos os alunos de medicina, independentemente, de ao final do curso, fizerem outras especialidades médicas.
Em relação as cefaleias primárias a enxaqueca, a cefaleia tensional e a cefaleia em salvas são as mais frequentes nos ambulatórios de neurologia.
Porém, alguns sinais quando presentes devem alertar o médico para uma anamnese mais detalhada:
1- DOR DE CABEÇA SÚBITA
Um dor de cabeça repentina, explosiva, que atinge seu ápice de intensidade em poucos segundos, é muito preocupante. Pode-se imaginar ruptura ou distensão de um aneurisma cerebral. As dores mais comuns e benignas geralmente começam mais leves, e a intensidade aumenta progressivamente em minutos a horas.
2- DOR DE CABEÇA COM SINTOMAS NEUROLÓGICOS ASSOCIADOS
Sempre que a dor vier acompanhada de outro sintoma neurológico focal o atendimento deve ser imediato. Atentar para fraqueza muscular em alguma parte do corpo, alteração de sensibilidade, confusão mental, alteração visual ou dificuldade para falar ou deambular.
3- DOR DE CABEÇA COM SINAIS DE INFECÇÃO
Acompanhada de febre, dores no corpo, náuseas, dificuldade de movimentar o pescoço, manchas pelo corpo ou mesmo calafrios. Esse tipo de associação pode significar uma meningite, encefalite, abscesso cerebral, e sinusite.
4- DOR DE CABEÇA QUE SURGE DURANTE ESFORÇO FÍSICO OU ATIVIDADE SEXUAL
Se a dor iniciou durante o esforço ou atividade sexual novamente surge o temor da distensão ou ruptura de um aneurisma cerebral.
5- DOR DE CABEÇA EM PESSOAS MAIS DEBILITADAS
Dores em pessoas acima de 60 anos, antecedente de tumores, distúrbios da coagulação, imunidade comprometida, gestantes, e crianças merecem uma atenção redobrada.
6- DOR DE CABEÇA PROGRESSIVA
A dor que acomete o paciente diariamente e que mostra-se pior a cada dia é, sem sombra de dúvida, um bom motivo para procurar rapidamente um neurologista. É típico de lesões como tumores, trombose venosa, hidrocefalia e abscesso.
7- DOR DE CABEÇA APÓS TRAUMATISMO CRANIANO
Dores que surgem após traumatismo relevante na cabeça. Idosos, crianças e os alcoólatras são os mais vulneráveis.
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