Ensino do Código de Ética Médica. Necessidade de disciplina obrigatória nos cursos de medicina

etica - palavras

Destarte, o mundo vem sofrendo mudanças intensas.

Em especial a partir das grandes guerras, foram presenciadas violações dos direitos humanos e avanços científicos e tecnológicos sem precedentes, que despertaram a atenção para a necessidade de diretrizes e padrões que garantissem os princípios éticos, destacando-se:

– Código de Nuremberg (1947), resultado das discussões e julgamentos no Tribunal de Nuremberg, após a
2ª Guerra Mundial;

– Declaração dos Direitos do Homem (1948), documento da Organização das Nações Unidas;

– Declaração de Helsinque (1964 e versões posteriores de 1975, 1983, 1989, 1996, 2000 e 2008);

– Relatório Belmont (1978), que definiu princípios éticos norteadores de pesquisas com seres humanos;

– Resolução nº 196 de 10 de outubro de 1996, do Conselho Nacional de Saúde, que regulamentou a pesquisa com seres humanos no Brasil.

–  Resolução 1931/2009  do Conselho Federal de Medicina  – Código de Ética Médica.

A moral, diferentemente, se caracteriza como um conjunto de normas que regulam o comportamento social no sentido de garantir a ordem.

São inculcadas nos indivíduos de forma que estes as reconheçam como parte de seus princípios e valores, seguindo-as de forma consciente e livre.

As normas estão vinculadas aos interesses vigentes e, portanto, sujeitas a transformações segundo a época e a sociedade.

Por sua vez, a ética reflete-se em condutas e normas resultantes do exercício da razão, da crítica e estaria vinculada, a três pré-requisitos: consciência, autonomia e coerência.

O conceito de ética supera, portanto, a ideia de um conjunto de normas, pressupondo reflexão e decisão, devendo ser compreendido contextualmente, porque também está sujeito às transformações da sociedade e da relação do homem com o ambiente.

Diante do contexto de mudanças no ensino superior, do avanço científico e tecnológico e do próprio campo da ética e bioética, o tema merece mais atenção no sentido de se conhecer como os cursos de graduação vêm acompanhando essas mudanças, e de que forma isto tem se aplicado e influenciado a educação na área da saúde.

Em defesa do ensino da bioética e biodireito  nos cursos de graduação nos cursos de medicina.

etica medica - retangulo

“A ética é a mais pura expressão da consciência
humana, é a exteriorização da alma, do desejo
e do caráter, é a que nos torna plenos ou
miseráveis.”

Douglas Ferrari

CPI da Fumes prossegue em 2011 com oitivas e depoimentos

Após as oitivas dos dias 07/10 e 25/10, a CPI que investiga atos administrativos que ocorreram por servidores da  Fumes, estará agendado para o dia 31/10 nova oitiva a ser realizada pelos vereadores que compõem a mesma: Eduardo Gimenes, Wilson Damasceno e  Lázaro da  Cruz.

O não recolhimento de INSS é crime previsto pelo Código Penal, e a Lei 9.983, de 14 de julho de 2000, inseriu no Código Penal Brasileiro por meio do Artigo 168-A o crime de Apropriação Indébita Previdenciária.

O artigo diz que:

 “Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional” – Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. Inclusive para os administradores públicos e seus subordinados.

‘Deixar de repassar”, é uma conduta omissiva, ou seja, o que deveria ter sido feito, e não foi, o que afasta a necessidade jurídica  de dificílima  comprovação que é o “animus rem sibi habendi ” (intenção de ter a coisa para si), ou seja, da existência do dolo na apropriação indébita.

Fazer acordos a posteriori (arrependimento posterior, artigo 16 do Código Penal ), às pressas para o pagamento ao INSS, do que lhe é devido, não anula o ilícito produzido, o qual continuará passível de ser punido.

O Estado não pode ficar sem os 500 milhões de reais  pela ausência  de contribuições previdenciárias para o INSS e FGTS, as quais serão essenciais para a saúde, visando o pagamento de aposentadorias e pensões dos segurados do Brasil, ao se considerar  a autarquia de e.

Que as instituições públicas estejam à altura das suas responsabilidades!

Em defesa da impessoalidade, transparência e publicidade nas administrações públicas !

Doença de Parkinson. Seminário. Curso de Medicina da Famema

doença de parkinson - demaisSeminário da Doença de Parkinson  apresentado brilhantemente pela aluna do 4º ano do curso de medicina da Famema Jade Zezzi,  no Ambulatório Neurovascular – Ambulatório Mário Covas- disciplinas  Neurologia e Educação em Ciências da Saúde.

No seminário, discute-se epidemiologia, quadro clínico, semiologia, fisiopatogenia e tratamento clínico.

As doenças incapacitantes promovem grande demanda à Seguridade Social –  Saúde e Assistência Social.

Incapacidades permanentes precoces podem acontecer pelo tratamento inadequado para a Doença de Parkinson, e que por tal motivo leva aos acometidos  apresentarem incapacidade laboral precoce em suas vidas.

O diagnóstico preciso, e a escolha de tratamento com fármacos corretamente indicados, e em dosagens corretas ameniza a progressão acelerada da incapacidade motora e a perda cognitiva dos acometidos com tal enfermidade.

A Doença de Parkinson Idiopática é uma doença neurodegenerativa progressiva de várias estruturas e circuitos neuronais.

Em nível bioquímico caracteriza-se fundamental por diminuição do neurotransmissor dopamina no circuito nigroestriatal devido à “morte” de células dopaminérgicas na Substância Nigra Pars Compacta.

Desde a década de 1960, que a medicação que tem como princípio ativo base a levodopa (transformada em dopamina), e mantém-se até à atualidade como a principal e mais eficaz terapêutica na Doença de Parkinson.

Vários estudos têm indicado que os sintomas e sinais centrais (bradicinesia, tremor, rigidez, instabilidade postural) da Doença de Parkinson só se comecem a manifestar quando o sistema nigroestriatal já perdeu entre 40-60% das suas células.

Deste achado científico infere-se que as restantes células neuronais dopaminérgicas têm capacidade compensatória nas fases iniciais da doença.

Esta capacidade compensatória crê-se que derive das células neuronais dopaminérgicas conseguirem armazenar a dopamina, fornecida pela medicação oral, e a “libertarem de forma natural” na fenda sináptica mantendo um normal funcionamento da rede de circuitos envolvidos no controlo de movimentos.

Sendo assim, até estádios avançados da doença, a medicação é satisfatória no controlo sintomático.

No entanto, a neurodegenerescência progride, com cada vez menos células dopaminérgicas, e por conseguinte menor capacidade de armazenamento neuronal de dopamina, e menos capacidade compensatória.

Deste modo, concentrações não constantes de dopamina no sangue vão se refletir em anormal funcionamento da rede neuronal.

O Ambulatório Mario Covas atende os encaminhamentos do Departamento  Regional de Saúde IX do Estado de São Paulo.

Lutemos por uma Saúde Pública com qualidade !

Em defesa do SUS !

doença de parkinson-maos

Acervo de livros de faculdades de medicina no Brasil. Atualizado ou histórico?

Close up of books on desk in library.Há limitadíssimo número de exemplares em livros  de disciplinas médicas, tais como: Clínica Médica, Clínica Cirúrgica, Ginecologia e Obstetrícia, Pediatria, Saúde Públicas etc.

Sem a aquisição de mais exemplares, torna-se impossível a atualização de conhecimentos com qualidade e atualização necessárias para o aluno de medicina se aprofundar em temas de medicina.

Os alunos esperam ansiosamente aquisição de livros atualizados, e em número suficiente para se utilizarem  dos mesmos para o ensino no processo ensino-aprendizagem, contudo nunca há compra de exemplares pelas faculdades.

A  defesa de metodologias ativas nas instituições públicas  pressupõe, em tese, a contraprestação também ativa das mesmas em fornecer aos alunos acervo de livros satisfatório para as consultas.

Alguns livros dessas bibliotecas são do período pré-histórico.

Sem acervo adequado é impossível a pesquisa em livros atualizados,  e em número suficiente para os alunos da graduação.

Acervo de livros históricos ou acervo de livros atualizados ?

Em defesa do ensino  superior de qualidade nas faculdades públicas e  universidades!

BIBLIOTECA

 

Faculdades de medicina no modelo PBL made in Brazil ou à brasileira sem laboratório de patologia!

patologiaA criação do PBL (Problem Based Learning), ou ABP (Aprendizagem Baseada em Problemas) no modelo “PBL made in Brazil ou à brasileira” em faculdades de medicina sem laboratórios de patologia, e não como modelo pedagógica do original PBL McMaster, é  questionável do ponto de vista de ensino na graduação, já que as  mesmas decidiram pela aprovação da extinção do laboratório  de patologia na faculdade.

A disciplina de patologia é fundamental para embasamento do estudo de fisiopatologia de doenças, e não pode ser aprendida em figuras de livros, mas em estudos de lâminas e macroscopia.

Fui monitor de patologia por dois anos na instituição – 1987-1988,  e pude constatar a necessidade do ensino em laboratório de patologia.

Foi a monitoria de patologia fundamental em minha formação.

Há necessidade de aulas e seminários com professores de patologia, e não os “facilitadores de ensino” nos famosos “momentos apoio” tirando dúvidas com alunos do curso de medicina.

E no momento apoio, nem há patologistas…

Os “facilitadores de ensino” não são patologistas investidos na docência do ensino em patologia !

É surreal esse modelo de ensino “PBL made in Brazil”.

Anacrônico !

A faculdade que defende as metodologias ativas de ensino, necessita urgentemente a instalação desse laboratório de patologia.

Aliás, nunca deveria ter sido desativado !

Pode-se estudar as doenças segundo suas causas e ou etiologias, que envolvem vasto número de agentes físicos, químicos e biológicos, além de transtornos da nutrição, e desvios na resposta imunológica.

Além das causas, é importante que se conheçam os mecanismos pelos quais os agentes atuam para provocar as doenças, produzindo alterações moleculares, microscópicas e macroscópicas, componentes essenciais para a determinação do diagnóstico.

Em consequência de lesões estruturais, celulares e orgânicas, o doente apresenta as mais variadas manifestações clínicas, que podem se associar a alterações em testes funcionais ou de laboratório, complementares para o diagnóstico clínico.

Compreender as repercussões das doenças também é indispensável para prever sua evolução, complicações e prognóstico.

Ao clínico, representa a possibilidade de aprender com os acertos e especialmente com os erros, consolidando o conhecimento.

Laboratório de Patologia para os alunos dos cursos de medicina é necessário e urgente !

microscopio

Casamento de Fábio e Nádia em Marília

No dia  22 desse mês aconteceu o casamento do doutor Fábio de Araujo Pereira, Residente de Neurologia da Famema, e de sua noiva Nádia nas dependências da chácara Kieza, na cidade de Marília.

Nossos sinceros votos de felicidades ao casal, e que  a paz e a harmonia  estejam sempre presentes na vida dos recém-casados.

E o que Deus uniu, não separe o homem!

Bela recepção, e muita música  para embalar os convidados.

Devemos registrar as presenças dos amigos, o casal  Werner Garcia de Souza (Residente de Neurologia da Famema) e  Dra. Laila  (Residente de Anestesiologia da Famema), e ainda da Dra. Vanessa Vieira, Residente de Neurologia da Famema.

E claro, mister que se faça o registro da presença ímpar de Eva Alda Vieira Coelho, que esteve elegantemente vestida para a ocasião tão nobre e especial.

Parabéns a todos  que lá estiveram!

Sucesso absoluto ao casal Fábio e Nádia !!!