Cefaleias Primárias. Seminário. Curso de Medicina da Famema

cefaleia - gatinhaSeminário apresentado pelos alunos Rebeca Klarosk  e Luiz Augusto Gonzaga Filho no Ambulatório de Cefaleia- Ambulatório Mario Covas em estágio dos alunos do 4º ano do curso de medicina da Famema- disciplinas Neurologia e Educação em Ciências da Saúde.

Cefaleia é um sintoma muito frequente e deve ser considerado um sinal de alerta, seja a mesma consequência de problemas graves ou não.

A classificação das cefaleias tem utilidade clínica, auxiliando no estabelecimento do diagnóstico, prognóstico e abordagem terapêutica, e científica, uniformizando a nomenclatura dos diversos tipos de cefaleia estudados em diferentes centros de investigação.

As cefaleias primárias são as que ocorrem sem etiologia demonstrável pelos exames clínicos ou laboratoriais usuais.

O principal exemplo é a migrânea (enxaqueca), a cefaleia tipo tensão, e a cefaleia em salvas.

Nestes casos, desordens neuroquímicas, encefálicas têm sido demonstradas, envolvendo desequilíbrio de neurotransmissores, principalmente para a migrânea.

Tais desordens seriam herdadas e, sobre tal susceptibilidade endógena, atuariam fatores ambientais.

As cefaleias secundárias são as provocadas por doenças demonstráveis pelos exames clínicos ou laboratoriais.

Nestes casos, a dor seria consequência de uma agressão ao organismo, de ordem geral ou neurológica.

Como exemplo, as cefaleias associadas às infecções sistêmicas, disfunções endócrinas, intoxicações, à hemorragia cerebral, às meningites, encefalites ou a lesões expansivas do SNC.

Após o atendimento de um paciente com cefaleia, o médico deve estar seguro para optar entre o diagnóstico de cefaleia primária ou secundária.

Os exames subsidiários deverão ser solicitados quando há impossibilidade de certeza diagnóstica de cefaleia primaria.

O uso abusivo de analgésicos sem diagnóstico pode levar à cefaleia crônica por uso abusivo de medicamentos.

O Ambulatório de Cefaleia funciona nas instalações do Ambulatório Mario Covas e atende encaminhamentos de usuários SUS de 62 municípios do Departamento Regional de Saúde IX do Estado de São Paulo.
dor de cabeça - vermelho garoto

Antiagregantes e trombolíticos no AVC. Seminário. Curso de Medicina da Famema

medicamentos 23As doenças cérebro-vasculares estão no segundo lugar no topo de doenças que mais acometem vítimas com óbitos no mundo, perdendo a posição apenas para as doenças cardiovasculares.

As pesquisas indicam que esta posição tende a se manter até o ano de 2030.

A Linha do Cuidado do AVC, instituída pela Portaria nº 665 do Ministério da Saúde, de 12 de abril de 2012, propõe uma redefinição de estratégias que deem conta das necessidades específicas do cuidado ao AVC diante do cenário epidemiológico explicitado, em face do aumento da expectativa de vida, pelo envelhecimento da população, aumentando os fatores de risco e dimensionando mais ainda o seu desafio no SUS.

No seminário apresentado pelos alunos do 4ºano do curso de medicina da Famema – Ambulatório Neurovascular – disciplinas Neurologia e Educação em Ciências da Saúde – Joyce Mariane Merlo, Karen Teles Sangaleti, Marcos Zancheta, Nathalia Tenório Fazani e Rodrigo Passarela Muniz  debate-se a distinção de quando se utilizar de antiagregantes plaquetários, anticoagulantes e terapia trombolítica.

O Ministério da Saúde disponibiliza gratuitamente o rt-PA para hospitais que tenham Unidades de AVC.

O Ambulatório de Neurovascular recebe encaminhamentos de 62 municípios do Departamento Regional de Saúde IX do Estado de São Paulo.

Em defesa da Saúde Pública com qualidade no SUS !

avc- associaçao

Cefaleias Secundárias. Seminário. Curso de Medicina da Famema

cefaleia - costasSeminário apresentado pelos acadêmicos de medicina do 4º ano do curso de medicina da Famema -Maíra Antunes Sinatura, Mariana Tebar, Rafael Ramos Schiavetti e  Sara Regina da Silva Duarte em atividades no Ambulatório de Cefaleia – Ambulatório Mario Covas – disciplinas Neurologia e Educação em Ciências da Saúde.

A dor de cabeça é um sintoma comum em adultos e crianças, sendo responsável por elevado número de consultas médicas, principalmente neurológicas.

Os pacientes frequentemente associam sua dor à possibilidade da existência de uma patologia potencialmente grave, como tumor ou aneurisma intracraniano.

Lembrando que apenas o profissional de saúde especificamente treinado poderá oferecer tratamento adequado para sua dor de cabeça.

A Sociedade Internacional de Cefaleias divide as cefaleias em dois grandes grupos.

O primeiro compreende as cefaleias primárias, aquelas que constituem em si mesmas a doença.

O exemplo clássico é a migrânea sem aura, anteriormente denominada enxaqueca comum, e que atinge aproximadamente 16% das mulheres.

O segundo grupo é formado pelas cefaleias secundárias, que fazem parte do cortejo sintomatológico de uma doença qualquer, seja esta primária do sistema nervoso central ou sistêmica.

Embora as dores de cabeça na sua grande maioria sejam primárias, o risco representado por algumas cefaleias secundárias justifica a preocupação de pacientes e médicos.

Cefaleias secundárias devem ser lembradas se:

  • a dor for de instalação súbita, principalmente se acompanhada a vômitos, tonturas, alterações da consciência, convulsão;
  • a dor se associa a transtornos neurológicos, como rigidez de nuca, dificuldades para falar, fraqueza ou alterações de sensibilidade em braço, perna ou face; a dor se associa à febre; trata-se da “pior dor já experimentada pelo paciente”;
  • a dor se iniciou após os 50 anos;
  • a dor tem caráter progressivo, não respondendo mais a analgésicos; houver aparecimento de uma dor de cabeça nova e diferente daquela já experimentada pelo paciente;
  • o paciente encontra-se em tratamento de algum tipo câncer ou de síndrome de imunodeficiência adquirida (SIDA);
  • há história de queda ou trauma de crânio recente;
  • quando houver abuso de analgésicos, mesmo naqueles pacientes sabidamente portadores de cefaleia primária (uso de mais de 15 comprimidos de analgésicos por mês, nos últimos seis meses). O uso abusivo de analgésicos é a causa mais comum da transformação de dores esporádicas (tipo migrânea) em cefaleia crônica diária. Esta é uma cefaleia secundária de tratamento extremamente difícil, que requer a suspensão de todo e qualquer medicamento sintomático (analgésico, anti-inflamatório) além de orientação por profissional com experiência em cefaliatria.

O Ambulatório de Cefaleia recebe encaminhamentos de usuários do SUS do Departamento Regional de Saúde IX do  Estado de São Paulo.

cefaleia maos na cabeça

Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética no AVC. Seminário. Curso de Medicina da Famema

RM DE CRANIOSeminário apresentado pelos acadêmicos do 4º ano do curso de medicina da Famema –  Luís Eduardo Santos, Mariana Cincerre Paulino, Priscila Castro, Raquel Souza de Oliveira e Vinícius Pilão no Ambulatório Neurovascular com o tema AVC – imagens na Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética – disciplinas Neurologia e Educação em Ciências da Saúde.

A TC é o exame mais utilizado na avaliação aguda do paciente com suspeita de AVC agudo. É mais barato, de grande disponibilidade e com alta sensibilidade para diferenciar o AVC hemorrágico do isquêmico. No AVC isquêmico agudo, a TC apresenta baixa sensibilidade nas primeiras horas do evento em relação à RM de encéfalo para determinar a localização e a extensão da área isquêmica.

As alterações precoces do AVC isquêmico na TC de Cranio incluem perda da diferenciação córtico-subcortical, perda da distinção entre as estruturas diencefálicas, capsulares e os núcleos da base (tálamo, cápsula interna, globo pálido, putâmen, caudado, cápsula externa), perda da diferenciação córtico-subcortical insular (insular ribbon sign) e presença de hiperdensidade da artéria cerebral média. Alterações subsequentes incluem a hipoatenuação (baixa atenuação) da área isquêmica e efeito de massa (edema citotóxico).

Outra limitação da TC de crânio é a baixa sensibilidade para lesões isquêmicas do tronco encefálico.

A RM de encéfalo tem maior sensibilidade para detectar alterações isquêmicas em relação à TC de crânio. As sequências convencionais (T2 e FLAIR) permitem a detecção da área infartada a partir de 4 horas do evento, enquanto a sequência de difusão dentro de poucos minutos do ictus.

Mesmo lesões pequenas e sem sintomatologia neurológica correspondente podem ser detectadas por esse método.

O Ambulatório de Neurovascular recebe encaminhamentos do Departamento Regional de Saúde IX do Estado de São Paulo.

TC E RM CRANIO- AVC

Cefaleias Primárias. Seminário. Curso de Medicina da Famema

cefaleia japonesaSeminário apresentado pelos alunos do 4º ano do curso de medicina da Famema discorrendo sobre o tema Cefaleias Primárias – Maíra Antunes Sinatura, Mariana Tebar,  Rafael Ramos Schiavetti e Sara Regina da Silva Duarte no Ambulatório de Cefaleia- disciplinas Neurologia e Educação em Ciências da Saúde.

Nesse seminário aborda-se o diagnóstico e tratamento das cefaleias primárias com enfoque especial aos novos avanços no tratamento agudo e preventivo da enxaqueca, no diagnóstico e tratamento das cefaleias crônicas diárias e cefaleia em salvas.

A cefaleia é uma das queixas mais frequentes na prática clínica.

Podem ser secundárias a alguma doença como, por exemplo, uma sinusite ou as chamadas cefaleias primárias como a migrânea (enxaqueca) e a cefaleia do tipo tensional.

A cefaleia do tipo tensional e a migrânea são responsáveis por um custo econômico elevado em função dos dias de trabalho perdidos.

Além disso, há um grande comprometimento da qualidade de vida principalmente em relação à migrânea pela intensidade da dor.

O diagnóstico das cefaleias primárias se baseia em critérios clínicos publicados em 2004 pela Sociedade Internacional das Cefaleias.

A migrânea se caracteriza por dor latejante ou pulsátil, unilateral, de moderada a forte intensidade que piora com alguns movimentos como abaixar ou levantar a cabeça, além de fotofobia, fonofobia, náuseas e/ou vômitos.

A cefaleia do tipo tensional geralmente se caracteriza por uma dor em peso ou aperto, bilateral de leve a moderada intensidade que não piora com a movimentação do corpo nem se acompanha de náuseas ou vômitos, foto ou fonofobia.

Nem sempre os quadros são tão diferentes e alguns sintomas podem sobrepor-se.

O tratamento da migrânea tem duas colunas.

Na  primeira deve-se tratar a crise aguda com analgésico, associado a anti-inflamatórios ou triptanos isolado ou associado a anti-inflamatório.

Entretanto, no paciente que tem crises muito frequentes, com grande comprometimento da qualidade de vida, é importante prescrever o tratamento profilático que impede ou diminui a frequência e a intensidade das crises.

Os medicamentos mais utilizados são os beta-bloqueadores, os antidepressivos tricíclicos, anticonvulsivantes (topiramato e ácido valpróico), e antagonistas de cálcio.

Em relação à cefaleia do tipo tensional, o tratamento é feito com analgésicos na crises. Nos casos crônicos se pode fazer a profilaxia com antidepressivos tricíclicos.

É importante, como parte do tratamento, esclarecer o paciente e explicar que, embora não haja uma cura definitiva, o tratamento adequado permite o controle da dor e melhora da qualidade de vida.

O arsenal terapêutica para o tratamento da enxaqueca vem se expandindo.

O droperidol, neuroléptico derivado da butirofenona, demonstra-se muito eficaz no tratamento abortivo da enxaqueca, contudo efeitos colaterais centrais são comuns.

O uso da toxina botulínica é promissor, como um tratamento seguro, tolerável e eficaz para a prevenção da enxaqueca.

Candesartan, inibídor da enzima conversara de angiotensina II, parece ser eficaz e facilmente tolerado, mas necessita mais estudos clínicos. O tratamento hospitalar deve ser considerado no tratamento da cefaleia crônica diária refratária.

O Ambulatório de Cefaleia atende usuários do SUS encaminhados de 62 municípios pertencentes ao Departamento Regional de Saúde IX do Estado de São Paulo.

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