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Semiologia Cardíaca – Valvas Mitral e Aórtica. Seminário. Curso de Medicina da Famema

semiologia - coraçãoSeminário apresentado pelos alunos Amanda de Gouvêa Pettersen, Bruna Grici Cascaldi e Cássio Guedes Pelegrini Júnior no ciclo pedagógico da cidade de Garça- USF Araceli – debatendo as  principais patologias valvares: insuficiência mitral, estenose mitral, insuficiência aórtica e estenose aórtica.

A semiotécnica cardíaca é fundamental para o cardiologista formular as hipóteses diagnósticas das doenças valvares.

Em que pese a  Faculdade de Medicina de Marília (Famema) se utilizar de metodologias  ativas de  ensino-aprendizagem consideradas ultramodernas, nada como a aula magna de anatomia, seguida de aula de semiologia cardíaca,  e discussão em ambulatórios  de cardiologia com  pacientes reais, e não paciente simulados de LPP (Laboratório de Prátíca Profissional), no modelo “PBL made in Famema” para se aprender a ausculta cardíaca em manequins.

O aparelho cardiovascular é formado por um órgão propulsor de sangue, e uma rede vascular de distribuição.

Excitados periodicamente, os músculos do coração se contraem impulsionando o sangue através dos vasos a todas as partes do corpo.

Para a semiotécnica é preciso:

É necessário conhecer a projeção do coração e os grandes vasos da base na parede torácica .

· Borda direita – Veia cava superior e o átrio direito (borda esternal direita).

· Borda esquerda – Artéria aorta artéria pulmonar e ventrículo esquerdo (borda esternal esquerda).

Realiza-se a inspeção e palpação simultaneamente.

Examinando deve estar em decúbito dorsal elevado a 30º e o examinador do lado direito ou esquerdo.

Investigam-se:

· Abaulamentos, depressões ou achatamentos pré-cordiais (olhando de maneira tangencial e frontal).

· Análise do ictus cordis ou choque da ponta ou ponto de impulso máximo (PIM) ou ponto apical.

Varia de acordo com o biótipo, localiza-se no cruzamento da linha média clavicular esquerda com o 4º. ou 5º. espaço intercostal.

Consiste em um impulso normal, periódico e circunscrito, sentido como uma pulsação suave de 1 a 2 cm de diâmetro.

Este pode alterar sua localização em estado patológicos e fisiológicos.

Os fisiológicos são:

– normolíneos – 4º espaço intercostal esquerdo, 6 a 10 cm da linha médio esternal.

– brevelíneos – 4º espaço intercostal esquerdo, a mais de 8 cm da linha médio esternal.

– longilíneos – 5º espaço intercostal esquerdo, a menos de 8 cm da linha médio esternal.

Nas patologias pode estar desviado ou ausentes.

· Pulsações epigástricas – podem ser vistas ou palpadas, correspondendo à transmissão na parede abdominal das pulsações aórticas.

· Pulsações supra esternal ou na fúrcula esternal – podem aparecer e dependem das pulsações na croça da aorta.

Ausculta

Pode ser realizada com o cliente em várias posições: deitada, em decúbito lateral, sentado ou em pé.

Os focos de ausculta são:

· Mitral (FM) – localiza-se na sede do ictus cordis.

· Aórtico (FAo) – localiza-se no 2º espaço intercostal direito na linha paraesternal.

· Aórtico acessório (FAA) – localiza-se no 3º espaço intercostal esquerdo na linha paraesternal (ponto ERB).

· Pulmonar (FP) – localiza-se no 2º espaço intercostal esquerdo na linha paraesternal.

· Tricúspide (FT) – localiza-se na base do apêndice xifóide.

A ausculta cardíaca começa no foco apical e vai ao longo da borda esternal esquerda até o foco aórtico e pulmonar. Após, coloca-se o examinando em decúbito lateral esquerdo e ausculta o foco mitral à procura de sopro.

Devemos observar:

– Ritmo: classificando-o em regular ou irregular.

– Frequência – número de batimentos cardíacos em 1 minutos.

OBS.: É importante a contagem simultânea do pulso apical (ictus cordis) e do pulso radial, pois em determinadas patologias poderá haver variação de um pulso para o outro.

– Bulhas cardíacas

· 1ª. Bulba (B1) – Corresponde ao fechamento das valvas mitral e tricúspide. Melhor ouvida no ictus cordis (ápice cardíaco).

· 2ª. Bulba (B2) – Corresponde ao fechamento das valvas aórtica e pulmonar, timbre mais agudo, duração menor que a 1ª. Bulba (melhor ouvida nos focos aórtico e pulmonar – base do coração).

– Arritmias cardíacas – é quando há alteração no ritmo, frequência ou ambos.

Sendo assim, torna-se de fundamental importância para os profissionais de saúde saber como examinar adequadamente o sistema cardiovascular empregando semiotécnica e semiogênese adequadas.

Lutemos por uma Famema melhor!

Em defesa do Serviço de Hemodinâmica no Hospital das Clínicas de Marília!

Insuficiência Cardíaca Crônica. Seminário. Curso de Medicina da Famema

icc- ecgSeminário apresentado pelos alunos  do 4º ano do curso de medicina Ana Luísa Cardoso Rosa da Silva, Felipe Sanches Paro e Gabriela de Fátima Batista Peloso – ciclo pedagógico da UPP4 sobre Insuficiência Cardíaca Crônica.

A Insuficiência Cardíaca Crônica (ICC) é sem dúvida a doença que proporciona a pior qualidade de vida que uma pessoa possa viver, pois apresenta-se com dispneia, edema de membros inferiores, episódios de Edema Agudo de Pulmão, arritmias cardíacas, e morte súbita.

É o estado fisiopatológico em que o coração é incapaz de bombear  sangue a uma taxa satisfatória às necessidades dos tecidos metabolizadores, ou pode fazê-lo apenas a partir de uma pressão de enchimento elevada.

A Insuficiência Cardíaca Congestiva pode aparecer de modo agudo mas geralmente se desenvolve gradualmente, às vezes durante anos.

Sendo uma condição crônica permite a possibilidade de adaptações do coração o que pode permitir uma vida prolongada, às vezes com alguma limitação aos seus portadores, se tratada corretamente.

No mundo: 23 milhões de casos.

Nos EUA: Maior problema de saúde pública; 5,2 milhões de casos; 550 mil novos casos/ano; 12 a 15 milhões de consultas médicas; 6,5 milhões de dias de internações/ano; Reinternações em 30-50% em 6 meses; 300.000 mortes anuais; 54.000 mortes diretas; Custo de U$ 15 bilhões/ano/ internações.

No Brasil: 6,5 milhões de doentes; 30% é internado anualmente; 4% de todas as internações; 31% das internações cardiovasculares; 380 000 hospitalizações/ano; média de 5,8 dias cada; R$ 200 milhões anuais; 5,6 a 6,0% de mortalidade hospitalar.

Muito se avançou no tratamento da ICC nos últimos anos com a introdução dos inibidores da enzima conversora, e ainda a utilização de alfa e beta bloqueio do sistema  nervoso simpático, pois essas classes de fármacos minimizam os efeitos deletérios do sistema renina-angiotensina-aldosterona e sistema nervoso simpático sobre o miocárdio.

O uso de marcapasso multisítio é outra possibilidade no plano de cuidados ao se associá-lo ao esquema terapêutico farmacológico para melhor eficácia do mesmo.

Lutemos por uma Saúde  Pública com qualidade !

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Diretriz da SBC sobre Angina Instável e IAM sem Supradesnível do Segmento ST

diretriz - logoDiretriz da Sociedade  Brasileira de Cardiologia para Angina Instável e IAM sem supradesnível do seguimento  ST.

A Angina Instável e Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) sem supradesnivelamento do ST são apresentações clínicas da insuficiência coronariana aguda, e que sendo diagnosticadas precocemente podem evoluir sem repercussões hemodinâmicas importantes.

A  Unidade Coronariana é de fundamental importância para o diagnóstico e tratamento clínico precoces, pois são pacientes instáveis hemodinamicamente e necessitam de cuidados intensivos.

Na segunda metade do século XX, introduzidas por Desmond Julian, na Grã-Bretanha, surgiram as unidades de cuidados coronarianos.

Responsáveis por um dos maiores avanços isolados no tratamento do infarto, reduziram a mortalidade de 30% para 15% nas primeiras horas de evolução,contribuindo para uma melhor apreciação no diagnóstico e manejo das arritmias, para advento da monitorização cardíaca contínua, para o desenvolvimento das manobras de ressuscitação cardiopulmonar e dos desfibriladores externos e para o melhor treinamento de médicos e enfermeiros.

Esses avanços evoluíram ainda mais com a monitorização hemodinâmica por meio do cateter de Swan-Ganz e com a utilização do balão de contrapulsação aórtica, auxiliando no manejo agressivo da insuficiência cardíaca e do choque cardiogênico.

Surgiram também as unidades intensivas móveis, equipadas com material e pessoal treinados na detecção e tratamento das arritmias fatais, especialmente a fibrilação ventricular.

As Unidades Coronarianas se tornaram protagonistas da cardiologia Intervencionista nos Séculos 20 e 21, pois nesses locais, as síndromes coronarianas agudas são tratadas por equipes médicas bem treinadas e com competência para os pacientes de alto risco.

Em defesa do SUS !

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IV Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Tratamento do Infarto Agudo do Miocárdio

coração e o médicoIV Diretriz da SBC para estudo dos alunos do Ciclo Pedagógico – UPP4- sobre Tratamento do IAM com supradesnível do segmento  ST.

A Diretriz  da SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia) é uma forma de uniformizar as condutas nos centros médicos brasileiros de média e alta complexidades.

A utilização de trombolíticos tem determinado reperfusão das coronárias, e com isso preservação do miocárdio, e que seria aconselhável a prescrição dessa classe de drogas até 6 horas após o IAM ter se iniciado para sucesso da trombólise.

Se não houver a Unidade Coronariana, deve-se indicar em CTI ou UTI para controle clínico mais frequente do paciente vítima de IAM com supradesnível  ST.

O trombolítico padronizado pelo SUS é a estreptoquinase, mas em outros países existem trombolíticos mais recentes e eficazes, e com menos efeitos adversos .

Lutemos por uma Saúde Pública de qualidade !

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III Diretriz ICC-Sociedade Brasileira de Cardiologia

icc - ginasticaNa Diretriz  da Sociedade Brasileira de Cardiologia há toda a revisão bibliográfica sobre os principais artigos que  discutem a farmacologia, sobrevida cardiovascular,  classificação clínica e tratamento da ICC.

A Insuficiência Cardíaca Congestiva   (ICC) é causa frequente de internação hospitalar, e seu manejo clínico adequado diminui a mortalidade cardiovascular, pois sabidamente o bloqueio do sistema nervoso simpático e do sistema renina-angiotensina-aldosterona reduz a disfunção ventricular.

O protocolo de tratamento de ICC é idealizado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia após análise de inúmeros trabalhos científicos que discutem as várias classes de fármacos utilizados no tratamento: diuréticos, alfa e beta bloqueio do sistema nervoso simpático, antagonistas de cálcio, inibidores da enzima conversora e bloqueadores de angiotensina II.

Insuficiência cardíaca é a incapacidade de o coração manter fluxo sanguíneo suficiente para atender demandas metabólicas sem aumento anormal de pressões de enchimento ventricular.

Decorre de anormalidades de esvaziamento (função sistólica ou inotrópica) ou de enchimento ventricular (função diastólica).

Independentemente da etiologia, a insuficiência funcional provoca aumento de pressões de enchimento do ventrículo acometido e de pressões venosas a montante.

A intensidade da insuficiência cardíaca é clinicamente classificada pelo grau de limitação funcional, o que confere razoável predição prognóstica.

Muitos ensaios clínicos utilizam a classificação funcional como critério de seleção de pacientes e avaliação de eficácia.

O tratamento da insuficiência cardíaca objetiva diminuição de sintomas, melhora de qualidade de vida e aumento de sobrevida.

Definidos benefícios provêm de múltiplas medidas não medicamentosas e diferentes fármacos (inibidores da enzima de conversão de angiotensina, bloqueadores de receptores de angiotensina, betabloqueadores adrenérgicos e digoxina).

Alguns são usados em associação, quer para aumentar a eficácia, quer para exercer efeito corretivo sobre reações adversas comuns.

Tratamento combinado de bloqueadores de receptores de angiotensina II ou por inibidores da enzima de conversão de angiotensina leva a maior redução de mortalidade cardiovascular e de admissões hospitalares por insuficiência cardíaca.

Medicamentos utilizados no tratamento de insuficiência cardíaca para melhora de sintomas, sem afetar mortalidade, compreendem digitálicos e diuréticos.

Vasodilatadores (particularmente inibidores da enzima de conversão da angiotensina II) e betabloqueadores adrenérgicos mostraram ser capazes de aumentar sobrevida em diversos ensaios clínicos.

Espironolactona, administrada em pacientes graves já em uso de outros tratamentos, reduz mortalidade, mas aumenta o risco de hipercalemia.

O conhecimento da  Diretriz  de ICC possibilita a condução dos casos clínicos em suas quatro classes clínicas.

Lutemos por uma Saúde Pública com qualidade !

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VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão

esfigmoImportante atualização das drogas anti-hipertensivas -VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão –  promovida pela Sociedade Brasileira de Hipertensão e Sociedade Brasileira de Cardiologia.

A escolha dos fármacos anti-hipertensivos é uma das grandes discussões em Congressos Brasileiros de Hipertensão, de Nefrologia e Cardiologia.

A associação de drogas anti-hipertensivas é também um desafio, visto que é imperioso não escolher fármacos com mecanismos de ação semelhantes, o que não reduziria a queda pressórica, mas apenas aumentaria os efeitos colaterais.

A compilação dos principais trabalhos científicos sobre as principais drogas anti-hipertensivas permite ao Clínico Geral a possibilidade escolha de fármacos para cada situação clínica que se apresente na prática clínica diária.

Atualização de conhecimentos  para os profissionais de saúde é sempre necessário.

Lutemos por uma Saúde Pública com qualidade !

Em defesa do SUS !

CONHECIMENTO- ATUALIZAÇAO