Cefaleias Secundárias. Seminário. Curso de Medicina da Famema

cefaleia - costasSeminário apresentado pelos acadêmicos de medicina do 4º ano do curso de medicina da Famema -Maíra Antunes Sinatura, Mariana Tebar, Rafael Ramos Schiavetti e  Sara Regina da Silva Duarte em atividades no Ambulatório de Cefaleia – Ambulatório Mario Covas – disciplinas Neurologia e Educação em Ciências da Saúde.

A dor de cabeça é um sintoma comum em adultos e crianças, sendo responsável por elevado número de consultas médicas, principalmente neurológicas.

Os pacientes frequentemente associam sua dor à possibilidade da existência de uma patologia potencialmente grave, como tumor ou aneurisma intracraniano.

Lembrando que apenas o profissional de saúde especificamente treinado poderá oferecer tratamento adequado para sua dor de cabeça.

A Sociedade Internacional de Cefaleias divide as cefaleias em dois grandes grupos.

O primeiro compreende as cefaleias primárias, aquelas que constituem em si mesmas a doença.

O exemplo clássico é a migrânea sem aura, anteriormente denominada enxaqueca comum, e que atinge aproximadamente 16% das mulheres.

O segundo grupo é formado pelas cefaleias secundárias, que fazem parte do cortejo sintomatológico de uma doença qualquer, seja esta primária do sistema nervoso central ou sistêmica.

Embora as dores de cabeça na sua grande maioria sejam primárias, o risco representado por algumas cefaleias secundárias justifica a preocupação de pacientes e médicos.

Cefaleias secundárias devem ser lembradas se:

  • a dor for de instalação súbita, principalmente se acompanhada a vômitos, tonturas, alterações da consciência, convulsão;
  • a dor se associa a transtornos neurológicos, como rigidez de nuca, dificuldades para falar, fraqueza ou alterações de sensibilidade em braço, perna ou face; a dor se associa à febre; trata-se da “pior dor já experimentada pelo paciente”;
  • a dor se iniciou após os 50 anos;
  • a dor tem caráter progressivo, não respondendo mais a analgésicos; houver aparecimento de uma dor de cabeça nova e diferente daquela já experimentada pelo paciente;
  • o paciente encontra-se em tratamento de algum tipo câncer ou de síndrome de imunodeficiência adquirida (SIDA);
  • há história de queda ou trauma de crânio recente;
  • quando houver abuso de analgésicos, mesmo naqueles pacientes sabidamente portadores de cefaleia primária (uso de mais de 15 comprimidos de analgésicos por mês, nos últimos seis meses). O uso abusivo de analgésicos é a causa mais comum da transformação de dores esporádicas (tipo migrânea) em cefaleia crônica diária. Esta é uma cefaleia secundária de tratamento extremamente difícil, que requer a suspensão de todo e qualquer medicamento sintomático (analgésico, anti-inflamatório) além de orientação por profissional com experiência em cefaliatria.

O Ambulatório de Cefaleia recebe encaminhamentos de usuários do SUS do Departamento Regional de Saúde IX do  Estado de São Paulo.

cefaleia maos na cabeça

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *