Operação Esculápio da Policia Federal apreende documentos na Famema. Crimes praticados por Diretores, ex-diretores e servidores

esculapio 2A Polícia Federal de Marília deflagrou na manhã de hoje, a Operação Esculápio, que tem por objetivo investigar suspeitas de irregularidades ocorridas em licitações e contratos firmados pela Famar (Fundação de Apoio à Faculdade de Medicina de Marília) e Fumes (Fundação Municipal de Ensino Superior de Marília) com empresas prestadoras de serviços médicos.

O Inquérito Civil  feito pelo Ministério Público do Estado de São Paulo foi iniciado em 2013, ao lado de denuncias feitas ao Tribunal de Contas do Estado em 2013, e posteriormente a investigação da Polícia Federal iniciada em 2014 por haver verbas federais potencialmente desviadas acabou por desvendar irregularidades na administração nos contratos terceirizados realizados entre a Diretoria Administrativa da Faculdade com empresas terceirizadas, nas quais os docentes da instituição eram também sócios das empresas investigadas, incorrendo em improbidade administrativa e crimes contra a administração pública.

Contratos com empresas terceirizadas nas área de oftalmologia, radioterapia e nefrologia formam o arcabouço probatório da Operação Esculápio.

Além disso, plantões remunerados para docentes  presenciais e a distancia são também investigados.

Outrossim, poucas melhorias na infraestrutura da faculdade nos últimos oito anos são investigadas.

Uso de tomógrafo e ressonância magnética do Estado cedidos ao uso de empresa da radiologia da cidade é outro item do conjunto probatório da Operação Esculápio, e que já foram apontados na CPI da Fumes em 2012.

O início da Operação Esculápio é na verdade o desdobramento final da CPI da Fumes iniciada em 2011, e terminada em 2012, aprovada por unanimidade pelos vereadores à época.

Vereadores – Wilson Damasceno, Eduardo Gimenes e Lázaro da Cruz Junior foram os integrantes da CPI da Fumes em brilhante trabalho investigativo, sendo que grande parte dos documentos tiveram que ser conseguidos no Tribunal de Contas de São Paulo pela dificuldade de se conseguir documentos junto à Famema.

A operação Esculápio aconteceu duas semanas depois de uma Comissão Especial de Auditoria, ser nomeada pela Secretaria Estadual da Saúde para investigar a situação e a  gestão assistencial do Hospital das Clínicas de Marília.

Nas últimas semanas, além de servidores, estudantes do curso de medicina da Famema também se mobilizaram e pediram explicações à Diretoria da Faculdade de Medicina de Marília (Famema).

12 mandados de busca foram cumpridos no dia de hoje na autarquia Famema, Clínicas  e Consultórios Particulares e residências de diretores e ex-diretores da cidade.

A Polícia Federal investiga diretores, ex-diretores e servidores  de vários escalões da Famema por fraudes em licitação, peculato e associação criminosa (artigo 228 do Código Penal), entre outros crimes contra a administração pública.

Através de Mandado de Busca e Apreensão, documentos e dispositivos de memória de computadores do RH Famar e  RH Fumes foram levados pelos agentes policiais federais.

A Operação Esculápio  é composta pelo Dr. Fernando Battaus à frente da Polícia Federal, o Dr. Jefferson Aparecido Dias representando o Ministério Público Federal, e o Dr. Oriel da Rocha Queiroz representando o Ministério Público do Estado de São Paulo.

Operação Esculápio um divisor de águas na Saúde Pública na cidade de Marília !

Operação Esculápio um divisor de águas na Saúde Pública do Estado de São Paulo !

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