Projeto de Lei 4638/2012 prevê punição às faculdades de medicina sem qualidade de ensino

Faculdades de Medicina, modelo PBL estão com as barbas de molho no ano de 2015.

Motivo – Seus alunos serão avaliados pelo MEC por questões objetivas, e não mais por conceitos subjetivos- satisfatórios e insatisfatórios.

Autor do projeto – Ex-Deputado Federal Eleuses Paiva PSD/SP.

O Projeto está na Mesa Diretora da Câmara dos Deputados desde 11 de fevereiro de 2015.

Veja o porquê:

Projeto de lei que tramita no Congresso Nacional quer responsabilizar as faculdades de medicina pela qualidade do ensino que oferecem e puni-las com perda de vagas e até suspensão do vestibular caso o curso seja considerado ruim.

De autoria do ex-deputado federal Eleuses Paiva, a proposta foi apresentada em outubro e ganhou força no final do ano passado, com a divulgação do resultado da prova do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), que revelou que mais da metade (54,5%) dos estudantes que concluíram o curso de medicina no estado de São Paulo não tem domínio de áreas básicas para exercer a profissão.

A ideia é que sejam aplicadas três provas aos alunos, uma no segundo ano, outra no quarto ano e a terceira no quinto. Todas elas desenvolvidas pelo Ministério da Educação (MEC), sob a supervisão do Conselho Federal de Medicina (CFM), Conselho Científico da Associação Médica Brasileira e Associação Brasileira de Educação Médica.

Quem não acertar o mínimo exigido em duas das três avaliações deverá fazer aulas de recuperação, fornecidas de graça pela faculdade, para que posteriormente ele passe novamente por uma avaliação do MEC, prevê o documento.

O objetivo do projeto, segundo o ex-deputado, é melhorar a qualidade do ensino e com isso diminuir a quantidade de erros médicos e falha de diagnósticos. De acordo com Paiva, as consequências dessa má formação ocorre principalmente nas emergência e urgências.

“Para fazer residência existe uma seleção feita por prova. Os alunos que não estão preparados não entram e acabam tendo de fazer plantões. Quando o paciente chega com alguma enfermidade leve esse médico consegue resolver, porém se for algo grave que precisa de diagnóstico é aí que o problema aparece”, diz.

Além do programa de recuperação, a lei prevê que as faculdades que tiveram entre 30% e 50% de alunos reprovados no conjunto das três avaliações, tenham redução no número de vagas nas mesmas proporções. Nas faculdades que tiverem mais de 50% de resultados insuficientes, o projeto quer que a redução no número de vagas seja de 75%.

Se a nota ruim persistir em dois anos consecutivos, a instituição deverá ter seu vestibular suspensão para avaliação de seus métodos de ensino e até que os alunos voltem a ter notas positivas.

Faculdades de medicina de Rio Preto e região e estudantes do curso aprovaram o projeto de lei.

A Famerp informou por meio de sua assessoria de imprensa que “é a favor da avaliação seriada e não pontual, somente no sexto ano”, e que “toda instituição de ensino deve ser responsável pela formação de seus alunos”.

Um comentário em “Projeto de Lei 4638/2012 prevê punição às faculdades de medicina sem qualidade de ensino”

  1. Olá!
    Foi o seu blog que me abriu os olhos para o método PBL. Obrigada!
    Depois do seu blog, li dezenas e dezenas de comentários de estudantes de universidades americanas e inglesas sobre o PBL. São as mesmas objeções.
    Uma pessoa da minha família ingressou em faculdade pública PBL. Pelo menos não começou a faculdade com ilusão. Já sabia o que esperar (ou o que não esperar)!
    Como os professores médicos consentiram em adotar um método destes? Má-fé ou dissonância cognitiva?
    Continue o bom trabalho!

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