Prontos-Socorros avaliados em 2013 pelo Cremesp. Em Marília dois hospitais foram avaliados

Após fiscalização de 71 prontos-socorros (PS), o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) constatou que a maioria desses serviços tem pacientes em macas nos corredores, não consegue transferir doentes, está com suas equipes médicas incompletas e boa parte não conta com chefia de plantão nem médico diarista.

Além disso, faltam materiais e estrutura adequada nas salas de emergência, há deficiências na triagem e na classificação de risco na entrada de pacientes.

O Cremesp avaliou 71 serviços de urgência e emergência do Estado, de fevereiro a abril de 2013, incluindo os principais prontos-socorros com atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

As conclusões do levantamento revelam falhas graves dos serviços de urgência e emergência, que colocam a população em risco e não oferecem aos médicos condições mínimas e adequadas de trabalho.

“Esse cenário é decorrente da falta de políticas públicas de saúde eficientes dos governos federal, estadual e municipal, do subfinanciamento do SUS e da escassez de recursos humanos, que está relacionada às condições precárias de trabalho e à ausência de plano de carreira de Estado”, afirma o presidente do Cremesp, Renato Azevedo Júnior.

“O levantamento identificou uma enorme deficiência nos serviços, gerando insatisfação no médico e desassistência ao paciente”, diz Ruy Tanigawa, coordenador do Departamento de Fiscalização do Cremesp.

“Os resultados serão agora encaminhados ao Ministério da Saúde, à Secretaria de Estado da Saúde e às secretarias municipais das cidades que fizeram parte da pesquisa”, diz Azevedo. “O Conselho cumpriu sua função de fiscalização, mostrando a realidade dos serviços. Cabe agora às autoridades competentes encontrar solução para os problemas que estamos apontando”, afirma.

Principais números do levantamento em 71 prontos-socorros (PSs)

➜ 57,7% dos PSs têm macas com pacientes nos corredores
➜ 66,2% dos PSs relatam dificuldade de encaminhar pacientes para
outros serviços de referência
➜ 57,7% dos serviços vistoriados estão com equipes médicas incompletas
➜ 28,2% das salas de emergência estão inadequadas
➜ Em 59,2% das salas de emergência falta algum tipo de material
➜ Em 46,5% dos serviços não há chefia de plantão nem médico diarista
➜ Em 32,4% dos PSs não é feita a triagem com classificação de risco
➜ Em 6,1% dos PSs não existem UTIs, nem no local nem em
outro serviço referenciado.

Relação dos 71 serviços vistoriados, por ordem alfabética das cidades onde se encontram. Na frente de cada pronto-socorro está indicada a natureza do gestor responsável, se pública, privada contratada ou filantrópica. Também estão assinalados aqueles PSs administrados por Organizações Sociais (OS).

Hospital Municipal Waldemar Tebaldi Americana

Santa Casa de Araçatuba

Santa Casa de Araraquara

Pronto Socorro Municipal Assis

Santa Casa de Barretos

Hospital Estadual de Bauru

Pronto Socorro Municipal Central de Bauru

Hospital de Clínicas de Botucatu

Hospital Universitário São Francisco Bragança Paulista

Santa Casa de Bragança Paulista

Hospital de Clínicas da Unicamp Campinas

Hospital Municipal Mario Gatti Campinas

Hospital PUC Campinas

Santa Casa de Franca

Hospital Santo Amaro Guarujá

Complexo Hospitalar Padre Bento Guarulhos

Hospital Municipal de Urgências Guarulhos

Pronto Socorro Municipal de Itanhaém

Santa Casa de Jaú

Hospital São Vicente de Paulo Jundiaí

Santa Casa de Limeira

Hospital de Clínicas de Marília

Santa Casa de Marília

Hospital de Clínicas Radamés Nardini Mauá

Santa Casa de Mauá

Santa Casa de Mogi das Cruzes

Hospital Municipal Antonio Giglio Osasco

Hospital Regional de Osasco

Hospital Regional do Vale do Ribeira Pariquera Açu

Santa Casa de Piracicaba

Hospital Municipal Irmã Dulce Praia Grande

Hospital Regional de Presidente Prudente

Santa Casa de Presidente Prudente

Hospital São João Registro

Fundação Hospitalar Santa Lydia Ribeirão Preto

Santa Casa de Ribeirão Preto

Centro Hospitalar Municipal de Santo André

Hospital Guilherme Álvaro de  Santos

Santa Casa de Santos

PS Municipal de São Bernardo do Campo

Hospital Escola Municipal Horácio Carlos Panepucci São Carlos

Santa Casa de São Carlos

Hospital Municipal de São José dos Campos

Santa Casa de S. José do Rio Preto

Casa de Saúde Santa Marcelina

Conjunto Hospitalar do Mandaqui São Paulo

Hospital Arthur Ribeiro de Saboya – Jabaquara São Paulo

Hospital Alexandre Zaio – Vila Nhocuné São Paulo

Hospital Alípio Corrêa Neto – Ermelino Matarazzo São Paulo

Hospital Benedito Montenegro – Jardim Iva São Paulo

Hospital Cármino Caricchio – Tatuapé São Paulo

Hospital Fernando Pires da Rocha – Campo Limpo São Paulo

Hospital Geral do Grajaú São Paulo

Hospital Geral Manoel Bifulco – São Mateus São Paulo

Hospital Geral de Pedreira São Paulo

Hospital Geral Vila Nova Cachoeirinha  São Paulo

Hospital Heliópolis São Paulo

Hospital Ignácio Proença de Gouveia – João XXIII São Paulo

Hospital Infantil Menino de Jesus São Paulo

Hospital José Soares Hungria – Pirituba São Paulo

Hospital Geral Santa Marcelina – Itaim Paulista São Paulo

Hospital Vereador José Storopolli – Vila Maria São Paulo

Hospital do Servidor Público Municipal São Paulo

Hospital Tide Setubal – São Miguel São Paulo

Hospital Professor Waldomiro de Paula – Itaquera São Paulo

Pronto Socorro Municipal Balneário São José São Paulo

Santa Casa de Santo Amaro São Paulo

Crei – Centro de Referência e Emergência de São Vicente

Conjunto Hospitalar de Sorocaba

Santa Casa de Sorocaba

Hospital Regional do Vale do Paraíba Taubaté

Em Marília os hospitais avaliados pelo Cremesp foram Santa Casa de Marília e Hospital das Clínicas.

Em defesa do SUS.

A TV Globo visitou o Pronto-Socorro do Hospital das Clínicas de Marília.

Em defesa de Saúde Pública com universalidade, integralidade e  equidade para todos !

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