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Parabéns à cidade de Marília pelos 83 anos. Aqui nasci, e aqui quero viver eternamente

marilia históriaMarília, cidade de 83 anos…

Nasci aqui em 1964, na Maternidade Gota e Leite.

Fillho de Sílvio Marchioli (in memorian) e Emilia Sanches Marchioli.

Vieram a Marília, após casamento na cidade de Ibitinga, interior do Estado de São Paulo.

Chegaram nos anos 50 aqui em Marília.

Uma cidade nova, uma possibilidade de ganhar a vida em uma cidade jovem, menos de 30 anos de existência.

Minha mãe vendeu roupas , e meu pai trabalhou como lavrador, serviços gerais, ajudante de movimentação de mercadorias, e ainda, alguns serviços com calhas e pinturas.

Venceram aqui nessa cidade.

Moraram na antiga Rua Lima e Costa, 1328.

Uma casa simples de madeira.

Bons amigos tive ali: Carlos, Antonio, Gérson, Edson, Emir.

Ali estudei, ensino primário, ginásio  e colegial, hoje ensino fundamental e médio.

Meus pais lutaram muito para pagar meus estudos no ginásio e colégio Colégio Bezerra de Menezes.

Passei no vestibular da Famema em 1983.

Era um fundação municipal de ensino.

Ganhei bolsa de estudo em todos os anos.

1983-1988.

Eternamente grato as comissões avaliadoras de concessão  de bolsas.

Dr. Fred Ellinger era o presidente.

Obrigado professor por ter visto minha situação financeira à época.

Filhos de pais do Brasil Caipira (mãe filha de espanhóis  e pai filho de italianos).

Sou filho desses imigrantes.

Nasci em Marília.

Amo minha cidade !

Me formei em 1988 na Famema.

Fiz Residências Médicas  fora de Marília: Neurologia (USP) e Nefrologia (Unesp).

Mestrado e Doutorado na Unesp de Botucatu.

Nesse espaço de tempo lecionei na Unimar de 1998 a 2005, ainda fazendo pós-graduação.

Voltei a Marília em definitivo em 2004.

Fiz concurso na Famema em 2005.

Volte à Famema em 2006.

Encontrei um  novo modelo de ensino.

O PBL (Problem Based Learning) ou ABP ( Aprendizagem Baseada  em Problemas).

No começo me diziam que era o máximo no ensino.

Pedagogia de vanguarda.

Trabalhei até 2009 na segunda série do curso de medicina.

Comecei  a perceber deficiências na formação do aluno de medicina.

Em 2010, iniciei atividades no quarta série.

Em 2011 – crise institucional na Famema.

Os alunos cansaram do “PBL made in Famema”.

Teoricamente, “fantástico” no papel.

Alunos estudando sem aulas magnas.

Sem aulas de anatomia, histologia, bioquímica, fisiologia, patologia, parasitologia, microbiologia, imunologia, estatística, farmacologia, clínica médica, clínica cirúrgica, ginecologia e obstetrícia, pediatria, saúde pública,sociologia, economia, ética médica, etc.

Uma revolução, em tese, na concepção de um curso de saúde.

Estudar  sem aulas, e “dúvidas solucionadas” pelos “facilitadores de ensino”.

marilia são bentoPensei…

Isso é possível ?

Hoje, estou convicto que não.

Para quem está de fora da instituição poderia dizer que o Professor Marchioli parece que está faltando com a verdade.

São “notaços” no Enade.

Simples…

Ao fazer o Enade, o aluno obrigatoriamente deve preencher o cabeçalho da prova avaliativa com indicação da faculdade de origem.

As notas vêm para a instituição.

E lógico, sempre lembrando que os alunos fazem Med Curso e SJT  para se apropriarem de conteúdos temáticos não oferecidos pela instituição.

Alguns alunos me disseram que já fizeram dois anos de curso.

Outros três anos…

Estão bem preparados para o Enade.

E para serem profissionais de saúde bem sucedidos estariam preparados ?

Espero que esteja equivocado, pois cuidar de vidas humanas, de doentes,  de usuários do SUS, e ter conhecimento da Responsabilidade Civil  Médica não é tão simples.

O curso de medicina precisa de atividades práticas, aulas com conteúdos temáticos, laboratórios com infraestrutura e modernos, professores qualificados e comprometidos.

Difícil ser médico…

Mais difícil ainda: formar alunos com padrão de qualidade.

E ainda, não menos importante, o maior desafio  no atual Século XXI: ser professor de medicina !

Anos de pós-graduação…

Enfim, nasci e vivo no “Brasil Caipira” (criado pelos imigrantes italianos e espanhóis  que vieram ao Brasil nos anos 20 e 30 do século passado ), e acredito nas instituições .

Acredito na minha cidade…

Acredito nas faculdades aqui instaladas.

Acredito nas pessoas que vivem e trabalham aqui.

Marília – Cidade Símbolo de Amor e Liberdade.

Liberdade para me expressar no meu blog.

Ter um espaço para pleitear reformas, onde quer que  existam e  precisem de melhorias.

Sem olhar a  quem a crítica seja dirigida.

As instituições estão acima  das pessoas !

“Animus narrrandi” e “animus criticandi” não são injúrias.marilia -vista aérea

São apontamentos para melhor efetividades das instituições.

Os mais “sensíveis ” as críticas podem querer me emudecer.

Mas, não irão conseguir.

Vivemos em uma país democrático.

Estado Democrático de Direito !

Liberdade de expressão.

Assegurada pela Constituição Federal, artigo 5º.

E a nossa cidade de Marília ratifica.

Símbolo de Amor e Liberdade !

Agradeço a Deus por viver nessa cidade maravilhosa.

marilia são pedro santosTerra de gente bonita, hospitaleira, batalhadora.

Terra que sou professor (profissão que sou apaixonado).

Terra que ainda vive minha mãe, 85 anos de vida.

Terra que já sepultei meu pai em 1993.

Terra que luto por melhorias estudantis.

Terra que desejo ser a minha cidade até o meu envelhecer.

Terra que almejo que nossos agentes políticos, de todas as instituições, deixem um legado a ser comemorado, após deixarem seus cargos.

Os cargos passam…

A cidade fica.

As instituições ficam.

Agentes políticos de Marília  façam Marília ser realmente:

“Símbolo de Amor e Liberdade”

marilia estação rodoviaria

 “As glórias que vêm tarde já vêm frias”.

Tomás  Antônio Gonzaga