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Ministério Público investiga desvio de quase R$ 30 milhões dos cooperados da Unimed Marília

INVESTIGADOR

A fraude teria sido idealizada pelos ex-diretores da Unimed e o dono de uma empresa que fornecia nota fiscais de serviços que nunca foram prestados, mas foram pagos pela cooperativa médica.

Sete pessoas são investigadas.

ESQUEMA

As investigações da polícia mostraram a existência de um esquema conhecido como “triangulação”, que consistia no desvio de dinheiro da Unimed por meio do pagamento de serviços não realizados, mediante notas fiscais fraudulentas.

Entre os anos de 1997 até 2006, a Unimed manteve contrato com a empresa Uni-Serv Consultoria e Planejamento Ltda, que tem como sócios o contador Paulo Roberto Rosa e sua ex-esposa Vânia Marília Seren. As investigações revelaram que além de sócio da Uni-Serv, o contador também era diretor administrativo financeiro da Unimed. Durante o período do contrato (cerca de oito anos), a Unimed pagou à Uni-Serv mais de R$ 27,1 milhões por serviços diversos. Apesar da movimentação financeira, as despesas não teriam sido comprovadas. Os contratos estavam vinculados, segundo a conclusão dos investigadores, a notas fiscais frias.

Em 2006, o esquema passou a contar com outra empresa, que surgiu da mudança do CNAE (Classificação Nacional de Atividade Econômica) da Escrita Assessoria Comercial, com sede na Grande São Paulo. O sócio era o empresário Fernando Aparecido Romeu, procurador jurídico da Uni-Serv.

A Escrita Assessoria, que era ligada ao comércio de materiais de escritório e informática, passou a se chamar Latina Fly Serviços Emergenciais e Remoção em UTI Móvel. De 2006 até 2007, a empresa recém-criada teria recebido da Unimed Marília mais de R$ 2,2 milhões.

Entre as documentações apreendidas e que revelaria o esquema, estão notas fiscais que comprovam o pagamento de R$ 120 mil por cinco voos inexistentes, que teriam sido contratados para transportar pacientes em UTI Móvel Aérea, mas não aconteceram.

O esquema foi denunciado ao MP por alguns cooperados e o processo corre em segredo de justiça.

O promotor  Rafael Abujamra que cuida do caso confirmou que o rombo é de quase R$ 30milhões.

De acordo com o MP, se condenados, os sete acusados podem responder por estelionato, formação de quadrilha, apropriação indébita e emissão de notas frias/duplicatas.

Fonte- Marília Noticia

 

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