Seminário apresentado pela aluna do 4º ano do curso de medicina – Helena Ramos Daoud Yacoub- em estágio do Ambulatório Mario Covas- Cefaleia em revisão de drogas anticonvulsivantes ou antiepilépticas.
Excelente revisão feita pela acadêmica do curso de medicina da Famema.
Importante revisão evidenciando as diferenças nos mecanismos de ação (farmacodinâmica) das drogas anticonvulsivantes.
A compreensão dos diferentes mecanismos desses fármacos utilizados no tratamento da epilepsia é de fundamental importância para o sucesso do tratamento.
Alguns desses fármacos ainda não estão disponibilizados na rede básica de saúde, como o topiramato, que ainda é considerado medicamento de alto custo.
O topiramato é tanto indicado no tratamento das crises convulsivas, como também como profilaxia para a migrânea.
O tratamento da epilepsia deve ser iniciado apenas com um fármaco, em dose eficaz.
Se o efeito obtido não for satisfatório, deve ser substituído ou associado a outro.
Nas crises generalizadas, os fármacos mais usados são o ácido valpróico e a carbamazepina.
Nas crises focais, a carbamazepina parece ser o mais eficaz e, no estado de mal epiléptico, o fármaco de primeira escolha é a fenitoína por via intravenosa (fosfenitoina), seguida de fenobarbital .
Em outras situações difíceis de controlar recorre-se a outros fármacos, como o clonazepam, a etossuximida e a vigabatrina, e outros, ou mesmo a associações de antiepilépticos.
Em qualquer tipo de epilepsia a supressão brusca do tratamento não é recomendável, pelo risco de reaparecimento da sintomatologia.
Quando se torna necessário a substituição de um fármaco, faz-se a introdução do segundo, retirando, gradualmente, o primeiro.
A posologia deve ser estabelecida caso a caso, tendo em conta a gravidade da situação, a idade, a resposta à terapêutica, a profissão, etc.
A dose de manutenção de qualquer antiepiléptico deve ser a mínima necessária para manter o doente livre de crises.
Como o tratamento com estes fármacos é, em regra, prolongado, torna-se necessário estar atento às possíveis reações adversas, hepáticas, hematológicas e renais pela elevada frequência com que ocorrem com esses fármacos.
A lamotrigina é utilizada em monoterapia, e não deve ser utilizada em doentes com idade inferior a 12 anos, ou no tratamento adjuvante de crises parciais. Nesta situação está indicado o topiramato, quando aquelas crises não são satisfatoriamente controladas por outros antiepilépticos.
O Ambuatório de Cefaleia recebe encaminhamentos do Departamento Regional de Saúde IX do Estado de São Paulo.
Lutemos por uma Saúde Pública com qualidade !
