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PBL em Cursos de Medicina ou Aprendizagem Baseada em Problemas: o mito e a realidade

mito-ou-verdade - pblJoão Ozório R. Neto , Cleize Silveira Cunha,  Cristiane Silveira Cunha, Adriana Novaes Rodrigues, e  Mauro Tavares comentam no artigo Aprendizagem baseada em problemas: o mito e a realidade aspectos relacionados à sua implantação e analisam os resultados disponíveis na literatura sobre as avaliações do processo de ensino e das reais qualidades desta nova metodologia implementada em muitas faculdades de medicina.

Desejo da modernidade ou necessidade pedagógica ?

O artigo foi  publicado em 2011 apontando os reais interesses da implementação do PBL no Brasil, África e América Latina.

Implantando pela política neoliberal que se infiltrou na educação dos cursos superiores

Ensinar e não gastar muito…

Sem professores…

Sem infraestrutura.

A “Mão Invisível” de  Adam Smith  no ensino superior…

O pai da economia moderna, e considerado o mais importante teórico do liberalismo econômico.

Uma investigação sobre a natureza e a causa das riquezas das nações.

Essa obra continua sendo usada como referência para gerações de economistas, na qual procurou demonstrar que a riqueza das nações resultava da atuação de indivíduos que, movidos  notadamente pelo seu próprio interesse, promoviam o crescimento econômico e a inovação tecnológica.

Adam Smith parece agora encontrar discípulos na educação superior…

No PBL do Brasil.

Em sua conclusão afinal o artigo aduz:

“Importa uma palavra de cautela na avaliação rápida e superficial do novo, em tempos de mundo globalizado, com imensos interesses econômicos em jogo diariamente. Não é possível vislumbrar a possibilidade de libertação do mercado, nem com as reflexões filosóficas de educadores do terceiro mundo, muito menos com o pensamento romântico de filósofos franceses encarregados de pensar a educação. Tudo faz parte do mesmo jogo estratégico macroeconômico cuja única finalidade é o lucro financeiro a qualquer custo”.

Em defesa de ensino superior com qualidade!

PBL aluno

“A suprema arte do professor é despertar a alegria na expressão criativa do conhecimento, dar liberdade para que cada estudante desenvolva sua forma de pensar e entender o mundo, assim criamos pensadores, cientistas e artistas que expressarão em seus trabalhos aquilo que aprenderam com seus mestres.”

Albert Einstein

PBL made in Brazil aplicado em cursos de medicina

pbl- aluna estudando“O PBL made in Brazil” é realmente uma ferramenta poderosa no modelo ensino-aprendizagem ou  fiasco pedagógico!

Pelo que observo é realizado sem aulas magnas e sem atividades práticas no laboratórios da faculdade de medicina.

Tudo substituído por casos clínicos, nos quais os alunos buscam respostas para as questões de aprendizagem.

Infelizmente não aprenderão anatomia, histologia, fisiologia, patologia, parasitologia,  bioquímica, farmacologia em laboratórios de ensino-aprendizagem.

Certamente esses alunos tentarão buscar conteúdos em Med Curso e SJT.

Mas, os cursos preparatórios não oferecem atividades práticas.

Os alunos não terão conteúdos de Clínica Médica, Clínica Cirúrgica, Ginecologia e Obstetrícia e Pediatria no internato.

Aulas magnas extintas!

Enfim,  nunca saberão a fisiopatologia das doenças, embora possam aventar a tese de que são mais humanistas na relação médico-paciente.

Humanistas, mas sem conteúdos de medicina !

Fico imaginando um piloto de aviação comercial, como por exemplo, a  ponte aérea Rio-São Paulo, muito simpático, boa conversa, extremamente solícito com a tripulação, mas quando você se assenta em sua poltrona, ele afirma:

“Eu não sei conteúdos/protocolos da escola de aviação comercial, mas vamos ver o que será esse próximo voo…”.

A analogia é provocativa para mostrar ao leitor do blog  que não existe a segunda chance na pilotagem de uma aviação comercial, nem tampouco em salvar uma vida humana.

A tripulação morrerá, e o paciente também…

Enumeramos causas do insucesso no ensino-aprendizagem:

  1. falta de motivação do estudante;
  2. enfraquecimento do ensino das cadeiras básicas;
  3. ausência de avaliação rigorosa na qual se julgue a capacidade do aluno raciocinar usando seus conhecimentos e não sua memória;
  4. ensino descartável – o aluno não é cobrado pelos conhecimentos que ele deveria ter adquirido durante os seus cursos anteriores;
  5. ensino baseado em diagnóstico e conduta e não em entendimento dos mecanismos básicos das diferentes doenças e  das alterações por elas provocadas;
  6. despreparo dos docentes; e
  7. ausência de mecanismos que facilitem e obriguem o médico já formado a participar de programas de educação continuada.

 

A McMaster University , um dos berços do PBL, exige como pré requisito absoluto “a minimum of 3 years of university undergraduate degree level work”.

A seleção é feita através de duas entrevistas diferentes: “Simulated Tutorial” e “Personal Interview”.

Na primeira é avaliada a capacidade do grupo de discutir um problema ou situação de saúde e na segunda dentre vários itens avalia-se  a capacidade de adaptação do indivíduo ao programa da McMaster.

Na “Harvard Medical School”, atualmente, existem três programas  diferentes de medicina: o Curso Clássico, o “The New Pathway” e o “HST”.

O “New Pathway Program” adota um sistema muito parecido com o PBL. Para admissão nesse curso exige-se além de três anos de curso universitário (como no curso tradicional), no mínimo mais 16 créditos em cursos  “não científico”, porém “students are rarely accept to the New Pathway Program  without a bachelor’s degree”.

Ao se analisar estes dados pode se deduzir  que a McMaster considera que nem  todos os alunos se amoldam  a este tipo de aprendizado, uma vez que um dos objetivos explicito da entrevista pessoal é o de avaliar se o futuro aluno tem condições de se adaptar ao PBL.

A Harvard Medical School é mais exigente em termos de seleção para os alunos do “New Pathway Program” do que para o programa clássico.

Pelo exposto pode-se ver que os alunos  que são expostos ao PBL difere muito daqueles  que entram na escola de medicina no Brasil.

Outra diferença básica do PBL é o modo como as diferentes matérias são distribuídas durante o curso.

Assim por exemplo  no Módulo Doenças Neurológicas, o aluno vai aprender neuroanatomia, semiologia, fisiopatologia , quadro clínico e tratamento.

Em uma uma situação dessas, tanto os professores como os alunos darão muito mais importância para os temas ligados a diagnóstico e tratamento do que para a fisiopatologia e semiologia.

Isso vai levar, ao longo do tempo, a menor ênfase no estudo das cadeiras básicas fazendo com que falte ao aluno o substrato do conhecimento necessário ao raciocínio clínico, ou seja, fisiopatologia.

Se quisermos formar o indivíduo que pensa e tem senso crítico um mínimo de conhecimento das cadeiras básicas é fundamental.

Em resumo, em minha compreensão, o nosso aluno quando entra na faculdade de medicina no Brasil não tem a base suficiente para desde o inicio, ser submetido a um programa semelhante ao PBL.

Outro fator complicador é formação dos docentes.

Quando se escolhe qualquer assunto em medicina geralmente existe mais de uma opinião. Assim dependendo do artigo consultado você pode chegar a conclusão que a conduta A é melhor, pior ou igual a conduta B, ou até ter uma opinião C.

Caso o tutor do grupo não tenha uma boa experiência científica será muito difícil o mesmo comparar os resultados dos vários artigos científicos ou livros publicados no tema em discussão.

Docentes sem experiência científica tendem a aceitar como verdade o último trabalho publicado, um dos principais mecanismos de geração de modismos.

Por outro lado os temas publicados em livros textos geralmente são mais abrangentes discutindo os prós e contras de determinado tema em medicina, dando uma visão muito mais ampla do que a leitura de  artigos.

Os artigos científicos devem serem  usados pelo aluno como complementação de aprendizado, e pelo docente como atualização.

Ainda em relação ao docente, o preparo das aulas dos temas  das disciplinas básicas deveria ser ferramenta poderosa de aprendizado de um determinado tema, que corre o risco de ser perdido no PBL.

Semiologia principalmente.

A estrutura da universidade é fundamental para o desenvolvimento do PBL.

Assim nas faculdades onde é implementado o PBL as aulas básicas deverão estar à disposição dos alunos, sob a forma de mídias gravadas,  além de extenso  acervo da biblioteca.

Normalmente as mudanças, em medicina,  que se comprovam eficazes, geralmente têm rápida difusão, e passam a serem  aceitas em questão de alguns anos, em todo mundo como verdade absoluta, e posteriormente não são aprimoradas ou debatidas na instituição.

Em defesa do ensino superior com qualidade!

alunos estudando

 

“Todo sistema de educação é uma maneira política de manter ou de modificar a apropriação dos discursos, com os saberes e os poderes que eles trazem consigo”

Michel Foucalt

Um patrono à altura dos defensores dos cursos de medicina modelo PBL made in Brazil

PAULO FREIREO “PBL made in Brazil” é uma farsa travestida de ares de  vanguarda, mas não se engane o aluno.

O curso não tem aulas e laboratórios com atividades práticas de  anatomia, fisiologia, histologia e patologia.

Muito menos disciplinas de microbiologia, imunologia, parasitologia e farmacologia.

Os “pedagogos comunistas” adoram o Paulo Freire.

E tudo em decorrência da renúncia dos cursos de medicina  no modelo  pedagógico “PBL  made in Brazil”: sem aulas  e sem conteúdos temáticos oferecidos em aulas magnas.

É um carrossel de frases prontas para doutrinar os alunos mais resistentes: “aprender a aprender”, “criticidade social”, “biopsissosocial”, “primeira aproximação”, “sucessivas aproximações”, “ensinamento em espiral”, e outras de natureza eminentemente dissimuladas e inverídicas.

Aleivosias pedagógicas

Galhofices pedagógicas

Ao se ter Paulo Freire como referencial  pedagógico nesses cursos de medicina em manuais de série e de manual de avaliação já se pode imaginar onde a Diretoria de Graduação almeja no aluno egresso…

A lugar nenhum.

Apenas avaliação formativa…

E logo aplicar um conceito interpretativo na sua avaliação!(grifei)

Nada de provas objetivas.

Conceitos emitidos na avaliação: Satisfatório e Insatisfatório.

Nesse artigo de  Carlos Ramalhete se tem uma clara ideia de que Paulo Freire representa para os marxistas culturais.

No PISA 2003 o Brasil ficou na penúltima colocação  na maiorias dos conteúdos pesquisados ( Tunísia foi a última colocada).

Um patrono à altura

Vivemos atualmente a dissolução de uma sociedade edificada ao longo de milênios. É uma longa e bela construção, fundada na filosofia grega e no personalismo judaico-cristão, e burilada ao longo dos séculos. Essa sociedade nos deu a noção de que todos têm direitos inalienáveis; que a natureza pode e deve ser estudada e, ao mesmo tempo, preservada; que o Belo e o Bom têm valor. Deu-nos as universidades, a democracia representativa, o reconhecimento da dignidade dos mais fracos.

Este imenso patrimônio cultural é a herança a que cada brasileiro tem – ou teria – direito. O que vemos, contudo, é o oposto. Mais de um terço dos universitários são analfabetos funcionais. As escolas servem à doutrinação política e à “desmitificação” dos valores da nossa sociedade, deixando de lado o ensino e a preservação da cultura.

Paulo Freire, um dos maiores culpados deste estado de coisas no Brasil, recebeu, com razão, o título de “Patrono da Educação Brasileira”. É justo que ele seja o patrono de uma “educação” que não é capaz de ensinar a ler e escrever, mas que martela nos alunos uma visão tão deturpada do mundo que é mais fácil encontrar dez estudantes que creiam que a luta de classes é uma lei da natureza que achar um que saiba enunciar a Segunda Lei da Termodinâmica.

A História e a Geografia passam a ser apenas denúncia de supostas monstruosidades; o vernáculo, na melhor das hipóteses, uma tentativa de reproduzir a verbalidade. As ciências – deixadas quase de lado –, uma sucessão de conteúdos “bancários”, no dizer dos seguidores do falso profeta recifense. Faz-se força para enfiar alguma ideologia nas ciências, mas não há luta de classes na Química ou opressão econômica na Física. Fica difícil.

Só o que fez este triste patrono foi descobrir que o aluno é um público cativo para a doutrinação marxista. A educação deixa de ser uma abertura para o mundo, uma chance de tomar posse de nossa herança cultural, e passa a ser apenas a isca com a qual se há de fisgar mais um inocente útil para destruir a herança que não conhece.

As matérias pedagógicas da licenciatura resumem-se hoje à repetição incessante, em palavras levemente diferentes, das mesmas inanidades iconoclastas. Os cursos da área de Humanas, com raras exceções, são mais do mesmo, sem outra preocupação que não acusar aquilo que não se dá ao aluno a chance de conhecer. O que seria direito dele receber como herança.

Paulo Freire é o patrono da substituição de conhecimento por ideologia comunista, de aprendizado em temas de medicina aos princípios do comunismo de Karl Marx.

Merece o título de “O Patrono dos Analfabetos Funcionais”.

Fonte- Gazeta do Povo

paulo freire 2

 

Famema recebe 4 estrelas em 2012 no curso de medicina no Guia do Estudante da Editora Abril

O Guia do Estudante apontou 4 estrelas para o curso de medicina da Famema.

Em 2011 – 3 estrelas.

Em 2012 – 4 estrelas.

Nesse Guia do estudante, ao contrário do Enade, na minha opinião, muito mais próximo da realidade que a avaliação do Enade, que avalia alunos com poder de resolver testes de múltiplas  escolha.

No Enade, o Med Curso pode ajudar.

Mas, no Guia do Estudante jamais.

Aqui o Med Curso não entra em campo.

Para dar uma mãozinha  e ajudar no Enade.

Aqui nos critérios do Guia do Estudante valem:

Infraestrutura.

Projeto Pedagógico.

Qualificação dos Professores

Hospitais de Ensino.

Bibliotecas equipadas com tecnologia para acesso à informática e abastecidas de livros atualizados.

Laboratórios de Ensino.

Itens mais que necessários para se formar alunos de medicina com qualidade.

A ferramenta  PBL  não basta.

Curso de medicina sem aulas, sem professores, sem laboratórios, professores sem salas de trabalho individuais, ausência de refeitório para alunos e docentes, pesquisa e pós-graduação com notas baixas pela Capes,  não recebe estrelas.

E a nota mínima é 3.

USP (SP e Ribeirão Preto), UNICAMP e UNESP – 5 estrelas em 2011.

Famerp- 4 estrelas em 2011.

Famema – 3 estrelas em 2011.

Essa semana tem sido um marco para a instituição Famema.

No RUF (Ranking Universitário Folha) a Famema não aparece entre os 20 melhores cursos de medicina do Brasil.

No Guia do Estudante  2012-  4 estrelas.

Enfim, os fatos são claros, cristalinos, e transparentes.

O modelo de ensino para o curso de medicina precisa ser repensado.

Por outro lado, como prevíamos, a Enfermagem conseguiu  em 2012 – 4 estrelas.

Em 2011 – 5 estrelas.

Parabéns ao curso de enfermagem !

Mas, houve uma queda de 5 para 4 estrelas.

Fácil entender…

Os alunos de enfermagem aprendem muito mais saúde pública, plano de cuidados, assistência social sendo inseridos precocemente na rede básica de saúde que os alunos da medicina.

Os alunos de medicina precisam de conteúdos  nas disciplinas do curso de medicina.

Sólidos conhecimentos de cadeiras básicas e clínicas.

Inseri-los desde o primeiro ano na rede básica é perda de tempo se supervisionados por professores colaboradores da rede de atenção básica ( professor colaborador e o medico que trabalha na USF e ou UBS, e muitas vezes nem Residência Médica possui).

Dizer que o MEC  obriga o aluno  estar todos os quatro anos na rede básica, em face do que  é emanado das Diretrizes Curriculares do Curso de Medicina é parcialmente verdadeiro.

A faculdade faz a sua grade curricular como quiser.

Lei das Diretrizes e Bases da Educação dá essa liberdade.

Não precisa quatro anos de permanência do aluno na rede básica para se conhecer o SUS.

Dizer que o MEC exige tal  conduta do curso é um grande sofisma.

O MEC pede para o aluno conhecer o SUS.

E não permanecer na rede básica de saúde.

O modelo precisa ser repensado para o curso de medicina.

E  o Diretório Acadêmico Christano Altenfelder depois da avaliação da Folha de São Paulo (RUF) e do Guia do Estudante não lutará por mudanças ?

Ficará calmamente assistindo a tudo, como se isso não repercutisse na formação dos alunos da  medicina ?

Os fatos não podem ser desmentidos, interpretados, e ignorados.

A Famema precisa rever seu modelo de ensino.

As outras faculdades: USP (São Paulo e Ribeirão Preto), Unesp, Unicamp e Famerp foram melhores com o modelo tradicional de ensino em 2011.

Como os ufanistas defensores do “PBL made in Brazil” irão explicar ?

O modelo tradicional tão vilipendiado pelos defensores do PBL saiu-se vitorioso em 2011.

Placar 5 a 1.

Goleada !

Dizer que a avaliação não era bem assim, que essas pesquisas não avaliam nada, é duvidar da inteligência dos alunos e dos professores que discordam do modelo de ensino.

A Famema precisa voltar a ter padrão excelência em ensino.

Uma grande instituição.

Tem potencial para isso.

Os alunos passam…

Os docentes passam..

Mas, o legado de lutas por melhorias permanece nas gerações presentes e futuras.

A hora da luta é agora !

Avante Famema !

Reformas no modelo de gestão administrativa e  pedagógica  urgentes !

Faça a sua reflexão…

Seja honesto com você mesmo.

Está tudo bem com a Famema ?

A luta é de todos os que têm uma história aqui na Famema.

E você  aluno da Famema vai lutar ou ficar inerte diante de tais fatos ?

rui barbosa 2 “Aquele que não conhece a verdade é simplesmente um ignorante,  mas aquele que a conhece e diz que é mentira, este é um criminoso”.

Brecht

Ranking Universitário Folha de São Paulo avaliou universidades e faculdades. Dados não podem ser contestados!

O ensino superior brasileiro é composto por 2.377 instituições de ensino superior, de acordo com dados do MEC.

Desse total, 85% são faculdades, 8% são universidades, 5,3% centros tecnológicos e 1,7% são institutos tecnológicos.

As universidades são as escolas que têm pelo menos um terço do seu corpo docente com mestrado ou doutorado e que são obrigadas a fazerem pesquisa. Essas instituições também têm autonomia de ensino, por exemplo para criar novos cursos.

Hoje, 26,7% dos adultos em idade universitária no país (de 18 a 24 anos) estão matriculados no ensino superior. A média é cerca de três vezes menor do que em países europeus e nos Estados Unidos.

Do total de instituições de ensino superior brasileiras, 2.100 são privadas (de acordo com dados do MEC de 2010). Esse número dobrou em dez anos: eram 1.004 em 2000.

Para criar o Ranking Universitário Folha (RUF), a Folha definiu uma metodologia inédita, baseada em rankings internacionais, como o ranking global THE (Times Higher Education), o QS (Quacquarelli Symonds) e a ARWU (ranking de Xangai), e adaptada ao contexto brasileiro.

Foram classificadas 232 instituições de ensino superior brasileiras, sendo 41 faculdades e centros universitários e 191 universidades – instituições com foco em pesquisa e autonomia de ensino, conforme definição do MEC.

Já os indicadores de reputação no mercado de trabalho e de qualidade de ensino foram desenvolvidos a partir de entrevistas feitas pelo Datafolha com pesquisadores e com executivos de Recursos Humanos.

Como foi feito o Ranking ?

Os indicadores que compõem a fórmula do RUF são:

– Qualidade da pesquisa: A Folha analisou nove indicadores das universidades relacionados à pesquisa científica, como proporção de professores com doutorado, número de artigos científicos por docente e número de publicações no Scielo.

 Scielo: Biblioteca eletrônica brasileira que abrange coleção selecionada de periódicos científicos brasileiros. Peso: 0 a 55 pontos.
– Qualidade de ensino: o Datafolha entrevistou 597 pesquisadores do CNPq.
CNPq: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico,  amostra definida para representar o grupo dos melhores cientistas e docentes do país. A cada um deles foi pedido que apontasse as 10 melhores instituições brasileiras em sua área. Peso: 0 a 55 pontos.
– Avaliação do mercado: O Datafolha entrevistou 1.212 diretores, gerentes ou profissionais responsáveis pelos recursos humanos de empresas e instituições brasileiras, amostra definida para representar todo o setor do país. Para cada um deles foi pedido que apontasse as três instituições de ensino superior para os quais dariam preferência em um processo de contratação. Peso: 0 a 20 pontos.
– Indicador de inovação: A Folha analisou a quantidade de pedidos de patentes por cada universidade. Peso: 0 a 5 pontos.
Universidades: segundo o Ministério da Educação, são instituições que possuem graduação e pós-graduação, em diferentes áreas do conhecimento, e ao menos 33% dos professores com o título de doutor. No ranking, foram consideradas as que possuíam produção científica indexada em 3/02/2012. Essas instituições precisam também cumprir exigências mais rígidas que as demais formas de organização de instituições de ensino.
Demais formas de organização: podem ser centros universitários, faculdades e institutos. Estas organizações têm menos liberdade que as universidades; por outro lado, as exigências são menores, como a de percentual de professores com doutorado

A Folha  classificou as instituições de ensino superior do país a partir de uma fórmula que considera 4 critérios:

RUF- FOTO FOLHA DE SÃO PAULOForam consultados 597 pesquisadores com grande produção científica, de acordo com o CNPq, a maior agência de fomento à ciência do país.

Também foram ouvidos 1.212 responsáveis pelo setor de Recursos Humanos de empresas, escolas e outras instituições que contratam profissionais nos 20 cursos que mais formam no país, como administração e direito.

Os dois grupos, o de pesquisadores e o de especialistas em mercado de trabalho, listaram as instituições de ensino consideradas melhores por eles – universidades, faculdades ou centros universitários – na área em que atuam profissionalmente. As instituições que tiveram pelo menos três menções nessas entrevistas feitas pelo Datafolha foram consideradas na classificação.

A pesquisa foi supervisionada pelo bioquímico da USP e especialista em análise de produção científica Rogério Meneghini.

Ele também é coordenador acadêmico da base Scielo, que reúne 260 periódicos científicos nacionais, incluídos no levantamento do RUF para dar um tempero local à métrica.

O RUF não listou a Famema em nenhum dos 4 critérios: pesquisa acadêmica,  qualidade de ensino, avaliação de mercado e inovação, mesmo como faculdade isolada.

Mas, no ano passado não era a melhor do Estado de São Paulo no Enade ?

Diriam os ufanistas defensores do ensino “PBL made in Famama”.

Mas, aqui no RUF não depende de alunos fazendo o Med Curso e tirando o “notaço” para a universidade e ou faculdade.

Depende de dados do CNPq, patentes registradas no INPI, avaliação do mercado, qualidade de ensino, etc.

Muito mais realista que o IGC do MEC (aqui o Enade entra como critério parcial).

Esses indicadores  do RUF são objetivos.

No RUF há avaliação dos vinte melhores colocados nos 10 maiores cursos do país.

Medicina: UFRJ, USP, PUC/PR, PUC/RS,´PUC/SP, UERJ, UFBA, UFC, UFES, UFF, UFG, UFMG, UFPA, UFPR, UFRGS, UFSC, UFU, UNB, UNESP, UNICAMP, UNIFESP E UNIFOR.

E a Famema avaliada pelos avaliadores do CNPq ?

Não está entre as 20 melhores.

Reflexão para a Famema rever seu modo de qualidade de ensino, qualidade de pesquisa e infraestrutura necessária para o ensino e pesquisa.

É necessário ter olhar crítico para os 4 indicadores apontados pelo RUF.

A crise institucional é maior que o oásis de sucesso do “PBL made in Brazil”.

Melhor no Enade 2011 no Estado de São Paulo não é  variável a ser analisada, pois reflete o conhecimento do aluno ao entrar na faculdade e no último ano, e muitos desses alunos podem cursos particular como Med Curso e SJT, os quais complementam a formação do aluno .

No RUF  2012 a Famema não está entre as 20 melhores faculdades de medicina do Brasil.

A verdade nua e crua.

Despida de maquiagem.

Irrefutável.

Os dados do RUF não podem ser contestados !

ruf 2012-medicina“Só se é curioso na proporção de quanto se é instruído”.

Jeans Jacques Rousseau

PBL made in Brazil questionado pelos alunos do curso de medicina da FACISB

 

sofismaO PBL “made in  Brazil ” foi  implementado nesse ano de 2012  em Barretos  na FACISB – Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos, porém, não conseguiu êxito em convencer que esse modelo de ensino era sensacional aos alunos de Barretos.

O coordenador do curso de medicina da Faculdade de Barretos – FACISB – José Alves Freitas – coordenador do curso de medicina – disse em informação ao blog que o modelo do “PBL made in Brazil”  não foi aprovado pelos alunos de Barretos.

Voltou-se ao modelo de ensino tradicional.

O atual coordenador de medicina não abriu mão de atividades em laboratórios de ensino nas cadeiras básicas.

Há excelente infraestrutura com atividades em laboratórios na FACISB.

Lá tem professores ensinando…

A  Diretoria de  de Graduação não abriu mão de duas aulas magnas por semana para toda a classe de alunos.

Investiu em laboratórios de ensino e atividades práticas, o que foi um grande salto de qualidade.

Em Barretos durou 30 dias o “PBL made in Brazil”.

O grupo gestor de Barretos desistiu do “PBL made in Brasil”.

PBL  exclusivo nem pensar: sem aulas de clínica médica, sem aulas de clínica cirúrgica, sem aulas de ginecologia e obstetrícia, sem aulas de pediatria, sem aulas de saúde pública, sem seminários em cenários de ensino-aprendizagem, sem laboratórios de ensino, sem atividades práticas em microscopia e macroscopia em histologia e patologia, sem atividades práticas em imunologia, sem aulas de farmacologia, sem aulas parasitologia, sem aulas de bioquímica, etc.

Inadmissível  abandonar 20 séculos de conhecimento  nas ciências médica baseadas em protocolos nacionais e internacionais para o “aprender a aprender”: sem aulas, sem laboratórios, sem professores em número suficiente e bem remunerados, sem salas de professores, sem salas de aulas, etc.

Basta o ‘facilitador’ de ensino !

E a engenharia pedagógica “PBL made in Brasil” está a todo vapor…

A soberba dos construtores do Titanic.

Os projetistas do Titanic disseram: nada o afundará !

A história mostrou outro final: tragédia.

Muitas siglas na engenharia logística do PBL.

Segundo os defensores do “PBL made in Brazil”:

É um oásis  de perfeição no processo ensino-aprendizagem.

Penso que todo ano nessas faculdades públicas e ou privadas deveria haver Fóruns Institucionais para se rever o modelo de ensino-aprendizagem, e não mais uma apenas Fórum Devocional.

Pergunta 1 – O modelo de ensino deve ser mudado ?

Pergunta 2 – Os laboratórios estão adequados nas cadeiras básicas: anatomia, histologia, bioquímica, parasitologia, imunologia, microbiologia, farmacologia, patologia, etc. ?

Pergunta 3 – Os anfiteatros das faculdades têm recursos audiovisuais para aulas de 480 alunos de medicina ?

Pergunta 4 – Quais os critérios objetivos de avaliação (notas de 0 a 10) ?

Pergunta 5 – Qual o plano de recuperação de cada série ?

Pergunta 6 – Que livros serão recomendados para cada disciplina ?

Enfim, essas perguntas fariam parte de qualquer professor e instituição no modelo tradicional de ensino, mas são impossíveis de serem feitas pelo docentes no “PBL made in Brazil”, pois o mesmo não precisa ser revisto !

É imutável!

Aqui no Brasil o  aluno escolhe o que quer perguntar, o que quer saber…

Se passar em Residência Médica fazendo o Med Curso, então, o mérito é da faculdade.

E mais, se não passar em Residência Médica ao não fazer o Med Curso por falta de recursos financeiros, a culpa é do aluno.

É o álibi perfeito institucional !

O curso de medicina é em apertada síntese dessa forma:

São de 6 a 8 casos por ano até a quarto ano.

32 discussões pré-programas e todo o conteúdo já está dado até o quarto ano série.

O internato quinto e sexto anos para a prática do aluno de medicina!

Mescladas com visitas domiciliárias na rede básica de saúde, Unidade de Saúde da Família  e Unidade Básica de Saúde, com “professores colaboradores” (trabalham na rede básica de saúde, e muitos sem Residência Médica), na qual os alunos são inseridos no primeiro e segundo ano do curso de medicina.

Outrossim, a FACISB  reprovou o “PBL made in Brazil” nos primeiros dias do curso, e fez uma adaptação urgente ao modelo de ensino-aprendizagem com importante melhora na qualidade do ensino.

O modelo de ensino-aprendizagem PBL exclusivo não agradou em Barretos.

Os alunos não aceitaram o “aprender a aprender”, tutorias, e estágios em rede de atenção básica sem supervisão de docentes da instituição.

Como é universidade particular…

A corda arrebentou…

O PBL exclusivo caiu em Barretos.

Os alunos exigiram conteúdos mínimos da Coordenação do Curso de Medicina e do Diretor de Graduação da Faculdade de Medicina de Barretos para se tornarem  profissionais de sucesso.

Um profissional médico bem formado !

Sólidos conhecimentos nas cadeiras básicas.

Sólidos conhecimentos nas cadeiras de Clínica Médica, Cirúrgica, Ginecologia e Obstetrícia e Pediatria.

A Faculdade de Medicina de Barretos (FACISB) disse não ao “PBL made in Brazil”, e após ajustes encontrou seu caminho com padrão de excelência no ensino !

Paulo Maluf, em seu governo biônico, disse que o Estado de São tinha Petróleo nos anos 80.

Criou a Paulipetro.

A Paulipetro foi uma empresa criada durante a gestão do governador de São Paulo, Paulo Maluf, com o intuito de extrair petróleo e gás natural na bacia do rio Paraná.

Foi firmado um contrato com a Petrobras e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas.

Somente depois de perfurados 69 poços na bacia, constatou se que nenhuma jazida era tecnológica e economicamente viável para a exploração.

Em valores atualizados, os gastos chegaram na casa de R$ 4 bilhões, valor esse que deverá ser devolvido a Secretaria de Fazenda do Estado de São Paulo, segundo determinação do Supremo Tribunal Federal, e como a decisão foi transitada em julgado em 2007, por isso, não cabem mais recursos.

Nenhuma gota  em vários poços perfurados.

Mas, havia seguidores do seu delírio de achar petróleo no Estado de São Paulo.

Sempre há seguidores.

Mesmo que de fins inconfessáveis…

PBL exclusivo, ou seja, sem aulas, sem seminários, sem laboratórios de ensino, não pode prosperar em faculdades de medicina.

“PBL made in Brazil” em algumas faculdades de medicina:

Um sofisma pedagógico!

“A devoção encontra, para praticar uma má ação, razões que um simples homem jamais encontraria”.

Barão de Montesquieu